quarta-feira, 28 de março de 2007

Israel Economia




Economia
Mercado ocidental no Oriente

Com ajuda dos EUA, força econômica
garante a segurança da nação

Complexo e diversificado, Israel contraria as tradicionais teorias de desenvolvimento econômico. Apesar de inserido num contexto sóciogeográfico que restringe muito a sua segurança, o crescimento econômico é uma constante no país, que investe de forma maciça e perene nos setores tecnológicos para superar sua dependência externa, principalmente em relação à importação de alguns recursos alimentícios – grãos e carne - e também de petróleo.

Com a ajuda financeira e militar dos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial, os escassos recursos naturais – 85% do solo têm características desérticas - não foram barreira para a expansão da agricultura e da indústria: diamantes, alta tecnologia de comunicação, equipamentos militares, softwares, produtos farmacêuticos, química fina e produtos agrícolas se tornaram suas principais exportações, contribuindo para um PIB de 145 bilhões de dólares em 2004.

Comparado aos resultados de 1970, quando 16,5% das exportações se referiam a produtos advindos da agricultura, em 2004 apenas 3% da renda nacional vieram da zona rural. Os demais 97% dos lucros providos pelas exportações vieram da comercialização de manufaturados e softwares, o que ilustra a profundidade das mudanças estruturais em Israel. Assim como a economia, as relações financeiras entre o país e os Estados Unidos também evoluíram exponencialmente nos últimos 30 anos.

De um volume de negócios ao redor de 1,8 bilhão de dólares em 1975, os dois países trocaram, em 2005 (ano com os últimos resultados consolidados), 27,6 bilhões de dólares. E o lucro ficou do lado israelense, que teve superávit de 7,1 bilhões de dólares nessas trocas. Interessados em manter Israel como base segura em meio a um conturbado Oriente Médio, região estratégica pela geografia e pela abundância de petróleo, os Estados Unidos repassaram, entre 1970 e 1998, cerca de 1,2 bilhão de dólares anuais à nação judaica. Desde 1998, a contribuição financeira direta norte-americana gira em torno de 120 milhões de dólares ao ano. Outros importantes parceiros comerciais do país são México, Canadá, República Tcheca, Eslovênia, Hungria, Polônia, Romênia, Bulgária, Rússia, Ucrânia e ainda a União Européia.

Benefícios - Bem aplicada e distribuída, a riqueza gerada pela exportação dos produtos israelenses – com altos valores agregados - vem traduzindo em desenvolvimento social. Além de ter uma elevada renda per capita anual de mais de 20.000 dólares, o país já é o segundo colocado nos rankings mundiais de penetração de celulares e em quantidade de viajantes internacionais e lidera os rankings globais em proporção de empresários, porcentagem de leitores na população, número de doutores, número de mestres, quantidade de edição de livros e também é o primeiro país do mundo em número de publicações de teses científicas.

Softwares – Com o elevado grau de desenvolvimento intelectual e investimentos em educação cada vez maiores, a indústria israelense de softwares foi a que mais prosperou nos últimos dez anos. O destaque fica por conta das mais de 400 empresas de criação de tecnologias de informação voltadas à Internet, que já controlam cerca de 4% do mercado global de sistemas de gerenciamento para websites e de proteção de dados. Entre os principais clientes está o próprio Ministério da Defesa do país, que compra softwares de diversas companhias e realimenta a demanda por novas tecnologias. Atualmente, cerca de 50% dos investimentos internos vão para esse setor, que já atrai a atenção de inúmeras multinacionais estrangeiras. Entre as grandes empresas que mantêm seus centros de Pesquisa e Desenvolvimento (R&D) em Israel estão Microsoft, IBM, Compaq, Hewlett Packard, National Semiconductor, Motorola, Intel, entre outras.

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